É complicado escolher qual a melhor face do jornalismo: da apuração à redação, todos os momentos exigem muito do repórter, e são todas muito prazerosos. Para a produção do jornal que você tem em mãos não foi diferente. O desafio de transformar histórias de pessoas invisíveis em reportagens veio acompanhado por situações pitorescas e reações inesperadas. Os bastidores das nossas matérias mostram como o fazer jornalístico pode ser sedutor e surpreendente. E, principalmente, como este processo pode se transformar em uma rotina de aprendizado. Depois de receber alguns “nãos”, ou de trocar o rumo de algumas pautas, trazemos ao leitor um jornal cheio de personagens singulares. Confira o caminho de incertezas e descobertas que os repórteres passaram para chegar até aqui.
Jeniffer GularteMinha escolhida começou a rir“Antes de ir às ruas em busca da protagonista da minha reportagem, já imaginava que não seria apenas mais uma pauta em minha vida, simplesmente por se tratar de uma procura diferente: eu não estava indo atrás de informações exatas para compor uma matéria. Na verdade, minha missão era encontrar uma pessoa com histórias que surpreendessem. Ao avistar de longe uma mulher de um 1,3 centímetros de altura, percebi que ali estava uma personagem que seria no mínimo curiosa para o meu trabalho. O que eu não esperava era o modo como ela recebeu o convite para ser a protagonista da minha matéria. Minha escolhida começou a rir, afirmando que deveria se tratar de uma ‘pegadinha’. A surpresa foi seguida de uma das conversas mais impressionantes que eu podia ter tido e também uma das mais demoradas para ter início.”Maiara HalmenschlagerAquilo cortava meu coração“Descobri que trabalhar em pet shop dá trabalho, mas que pode ser muito engraçado. Acompanhar a rotina do profissional foi uma experiência maravilhosa, presenciei cenas impagáveis. A cachorrada briga com vidro de perfume, vomitando e faz até as necessidades enquanto é secada. Um dos momentos mais graciosos foi quando a minha personagem abria os nós de um cãozinho poodle. Ele gritava, enquanto a minha expressão era de pena. No pet shop, todos me olhavam, riam e, ao ver minha reação, diziam: “Calma, não estamos machucando ele”. Mas, afinal, como queriam que eu ficasse? Aquilo cortava meu coração. É, caros leitores, ossos do ofício.”Daiane Kalsing
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