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Destaques

Lançamento do Unicom Conflitos reúne profissionais para debate com alunos

A nova edição do Jornal Unicom, produzida em cima do tema “Conflitos que transformam”, teve o lançamento oficial na noite dessa segunda-feira, 27, em um evento onde o assunto central da publicação foi debatido. Mediado pelo professor Demétrio de Azeredo Sóster, o debate iniciou após as 19h30, no auditório do Memorial da Unisc, e teve como convidados à mesa o jornalista Rodrigo Lopes, a psicóloga e socióloga Gabriela Maia e o sociólogo e professor Luiz Augusto Campis. No primeiro momento, os três convidados tiveram a oportunidade de falar sobre conflitos que transformam – para o bem ou para o mal – a partir das perspectivas profissionais e pessoais de cada um. Quem deu início a essa fase foi Gabriela, que tratou majoritariamente sobre questões de gênero e a violência acerca disso. Dando sequência, com uma perspectiva mais sociológica, Campis falou sobre a Teoria do Conflito Social, de Karl Marx, relacionando-a com a realidade. Para finalizar, Lopes fez uma breve apresentação so

Cheirinho de saudade

Alguém já parou para pensar por que vó é sinônimo de comida boa? Me peguei pensando nisso essa semana. Coincidência ou não, o porta-retrato com a foto da minha vó divide espaço com uma batedeira, um forno elétrico, um liquidificador, todos expostos na prateleira da cozinha. Meu desjejum acontece nesse cenário há muito tempo. Calcula-se há uns 20 anos. Mas foi agora, nesse ano, mais precisamente no último fim de semana, que isso me inquietou, e perguntei:

- Mãe, por que esse porta-retrato tá aqui, e não na sala junto com os outros?

- Pra me inspirar na hora de fazer comida.

Pronto! A mami reforçou minha tese de que vó é sinônimo de comida boa. Ouvi várias explicações para essa teoria: a vó é nossa segunda mãe; são anos de experiência; panela velha é que faz comida boa; o segredo é o tempero do amor (lembram da propaganda do Sazon?!), e por aí vai...
Eu acredito em algo chamado geração! A Mami aprendeu a cozinhar com a vó, para o deleite da neta Catarina, minha sobrinha e afilhada. Já os meus netos, quando vierem ao mundo... se eu continuar assim, eles vão poder saborear minhas duas especialidades: miojo e gelo!
Bem-vindos à nova geração! Com a correria louca dos dias de hoje, os fast-foods e congelados ganham a preferência nas prateleiras dos supermercados. Já era aquela época em que as mulheres se dedicavam exclusivamente à cozinha, e tudo era caseiro: massa, pão, cucas...


Ah, as cucas! Ainda posso sentir o cheirinho da cuca assando no forno da vó! A família reunida no pátio da casa dela, em Venâncio Aires. Bons tempos. E foi esse aroma de cuca, aroma de saudade, que senti quando cheguei na casa de uma tradicional cuqueira de Santa Cruz. Ela é uma das responsáveis por conservar e divulgar a tradição germânica na cidade e fora dela, através da comida típica. E isso dá trabalho. São muitas encomendas. De gente daqui e de gente de fora. De casas especializadas e de casas de família. De gente como eu, que encontra na cuca o sabor da saudade. Falando nisso, adivinhem o que fui fazer lá?! Se a foto da vovó inspira a mami para fazer comida boa, com um paladar satisfeito não há como não escrever uma boa história!
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