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Destaques

Lançamento do Unicom Conflitos reúne profissionais para debate com alunos

A nova edição do Jornal Unicom, produzida em cima do tema “Conflitos que transformam”, teve o lançamento oficial na noite dessa segunda-feira, 27, em um evento onde o assunto central da publicação foi debatido. Mediado pelo professor Demétrio de Azeredo Sóster, o debate iniciou após as 19h30, no auditório do Memorial da Unisc, e teve como convidados à mesa o jornalista Rodrigo Lopes, a psicóloga e socióloga Gabriela Maia e o sociólogo e professor Luiz Augusto Campis. No primeiro momento, os três convidados tiveram a oportunidade de falar sobre conflitos que transformam – para o bem ou para o mal – a partir das perspectivas profissionais e pessoais de cada um. Quem deu início a essa fase foi Gabriela, que tratou majoritariamente sobre questões de gênero e a violência acerca disso. Dando sequência, com uma perspectiva mais sociológica, Campis falou sobre a Teoria do Conflito Social, de Karl Marx, relacionando-a com a realidade. Para finalizar, Lopes fez uma breve apresentação so

O hábito gaúcho de tomar chimarrão

O chimarrão, tradicional hábito do Rio Grande do Sul, é um símbolo da hospitalidade do gaúcho. É a marca registrada do estado. O costume de tomar chimarrão é comum no meio rural e também no urbano. Faz parte da vida do gaúcho desde o amanhecer até a noite, quando encerra suas tarefas diárias. Mas existe a curiosidade de saber de onde surgiu esse hábito que foi acolhido pelos gaúchos. Ele é antigo, teve muitos fatores que contribuíram para a sua difusão, como a influência indígena, a geografia do Rio Grande e outras questões. Confira o surgimento do hábito:


O uso desta planta como bebida tônica e estimulante já era conhecido pelos aborígines da América do Sul. Em túmulos dos pré-colombianos no Peru, foram encontradas folhas de erva mate ao lado de alimentos e objetos, demonstrando o seu uso pelos incas.
A tradição do chimarrão é antiga. Soldados espanhóis em 1536, chegaram à foz do Rio Paraguai. No local, impressionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina, Assunción del Paraguay.


Os desbravadores, nômades por natureza, com saudades de casa e longe de suas mulheres, estavam acostumados a grandes bebedeiras, que muitas vezes duravam a noite toda. No dia seguinte, acordavam com uma ressaca proporcional. Os soldados observaram que tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany, o dia seguinte ficava bem melhor e a ressaca sumia por completo.
Assim, o chimarrão começou a ser transportado pelo Rio Grande na garupa dos soldados espanhóis. As margens do rio Paraguai guardavam uma floresta de taquaras, que eram cortadas pelos soldados na forma de copo. A bomba de chimarrão que se conhece hoje também era feita com um pequeno cano dessas taquaras, com alguns furos na parte inferior e aberta em cima.


Os primeiros jesuítas estabelecidos no Paraguai (posteriormente nas missões), fundaram várias feitorias, nas quais o uso das folhas de erva mate já era difundido entre os índios guaranis, habitantes da região.
Posteriormente observou-se que os indígenas brasileiros, que habitavam as margens do rio Paraná, utilizavam-se igualmente desta aquifoliácea.


*Fonte: IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore

Comentários

  1. Esse hábito valia uma matéria. Eu gostaria de entender por que mantemos esse hábito. Porque, convenhamos: chimarrão pode não ser ruim. Mas bom, bom também não é.

    Tenho a impressão de que gostamos, porque gostamos. E ponto. É tradição. E tradições geralmente não fazem muito sentido.

    Sobre isso, recomendo o livro organizado pela profa. Ângela, "Mídia e Identidade Gaúcha". Excelente pedida!

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  2. Não há como explicar o hábito do chimarrão. Além de amargo é quente. Mas apesar dessas características a gente gosta.

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  3. seus hereges! gostamos de chimarrão porque desperta do sono; porque ajuda na digestão e, sobretudo, é uma infusão saborosa. mas também porque permite aos que mateiam momentos importantes de confraternização. alguém já disse, algum dia, que se os senhores da guerra se sentasse ao redor do fogo para sorver um mate com certeza haveria menos guerras. e eu concordo com isso.

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  4. Sim, Demétrio. Foi Sílvio Genro, na letra de Seiva de Vida e Paz, que diz: Se os senhores da guerra/mateassem ao pé do fogo/deixando o ódio pra trás/antes de lavar a erva/o mundo estaria em paz.
    Tenho o hábito porque gosto de matear e também é fantástico o poder de união que proporciona entre as pessoas.Em certos lugares, podemos ver como é diferenciado o convívio dos indivíduos quando estão em torno de uma cuia.

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