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Destaques

Lançamento do Unicom Conflitos reúne profissionais para debate com alunos

A nova edição do Jornal Unicom, produzida em cima do tema “Conflitos que transformam”, teve o lançamento oficial na noite dessa segunda-feira, 27, em um evento onde o assunto central da publicação foi debatido. Mediado pelo professor Demétrio de Azeredo Sóster, o debate iniciou após as 19h30, no auditório do Memorial da Unisc, e teve como convidados à mesa o jornalista Rodrigo Lopes, a psicóloga e socióloga Gabriela Maia e o sociólogo e professor Luiz Augusto Campis. No primeiro momento, os três convidados tiveram a oportunidade de falar sobre conflitos que transformam – para o bem ou para o mal – a partir das perspectivas profissionais e pessoais de cada um. Quem deu início a essa fase foi Gabriela, que tratou majoritariamente sobre questões de gênero e a violência acerca disso. Dando sequência, com uma perspectiva mais sociológica, Campis falou sobre a Teoria do Conflito Social, de Karl Marx, relacionando-a com a realidade. Para finalizar, Lopes fez uma breve apresentação so

Pelas terras do Tio Sam


Em junho de 2008 dei um tempo em tudo por aqui. Queria um tempo para mim, para uma aventura. Eis que então fui de malas e cuia (literalmente!) para os Estados Unidos da América. Eu, como Au Pair (leia-se babá), cuidava de dois guris, Derek (12 anos) e Trevor (11 anos), e morava com eles e com a mãe, Sharon Maddern.

Julho, férias de verão para eles, hora de ir viajar. O destino escolhido era Block Island, uma ilha que ficava a duas horas de carro de onde eu estava morando (Norwalk, CT), mais 40 minutos de balsa. No carro, as duas crianças sentadas atrás, eu e a Sharon no banco da frente. Já estava quase ficando entediada, afinal recém tinha chegado àquela família, não me sentia tão a vontade assim para ficar duas horas no mesmo carro que todos, isso sem contar que ao meu lado estava a minha "patroa".

Fui salva pelo instinto de jornalista (ou pseudo-jornalista). Isso mesmo, sabe aquela curiosidade aguçada que temos e que não nos deixa? Eu tive que perguntar: "Onde tu estavas no 11 de Setembro? Nova Iorque é ao lado (do estado de Connecticut), tu lembras como foi tudo naquele dia?" Para o meu espanto, Sharon tinha mais coisas do que imaginava para contar, e começou a falar tudo sobre aquela manhã. As consequências dos atentados ao World Trade Center haviam chegado à família Maddern. Foram as duas horas de viagem mais produtivas que já tive.

Depois daquela conversa, eu, muito curiosa que sou, fui até o memorial do 11 de Setembro. Me senti angustiada lá dentro, deu vontade de chorar, deu indignação, ódio de quem provocou toda aquela catástrofe! E para minha surpresa, ao voltar do memorial naquele dia, e contando sobre o que vi lá com o "patrão" da minha amiga brasileira (também babá nos EUA) ele revela: "Eu vi tudo do meu escritório, e meu irmão estava lá".

Foram dois relatos reais, e um ano de vivência com aquele povo que muitos julgam "sem sentimentos", o que constatei como uma falsa visão de quem nunca colocou seus pés por lá. Um país que até hoje sofre pelas perdas daquele dia.

Estas histórias e algumas curiosidades do memorial do 11 de Setembro vocês conferem, em breve, no jornal Unicom em: O 11 de Setembro que você não viu.

Espero que gostem!

Comentários

  1. Estou muito ansiosa para ler tua matéria. O teu breve relato aqui no blog já é muito bom, o que aguça ainda mais minha curiosidade.

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  2. O 11 de Setembro é um evento que será recordado e estudado por séculos a fio, sem sombra de dúvida. Mas com o tempo inevitavelmente as lembranças tornam-se mais e mais superficiais. Por isso que a matéria da Deka é interessante e importante: porque registra o momento para além do atentado em si.

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