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Destaques

Lançamento do Unicom Conflitos reúne profissionais para debate com alunos

A nova edição do Jornal Unicom, produzida em cima do tema “Conflitos que transformam”, teve o lançamento oficial na noite dessa segunda-feira, 27, em um evento onde o assunto central da publicação foi debatido. Mediado pelo professor Demétrio de Azeredo Sóster, o debate iniciou após as 19h30, no auditório do Memorial da Unisc, e teve como convidados à mesa o jornalista Rodrigo Lopes, a psicóloga e socióloga Gabriela Maia e o sociólogo e professor Luiz Augusto Campis. No primeiro momento, os três convidados tiveram a oportunidade de falar sobre conflitos que transformam – para o bem ou para o mal – a partir das perspectivas profissionais e pessoais de cada um. Quem deu início a essa fase foi Gabriela, que tratou majoritariamente sobre questões de gênero e a violência acerca disso. Dando sequência, com uma perspectiva mais sociológica, Campis falou sobre a Teoria do Conflito Social, de Karl Marx, relacionando-a com a realidade. Para finalizar, Lopes fez uma breve apresentação so

Para que nunca mais aconteça

Ganhei muitos presentes que foram me fortalecendo,
mas os meus favoritos foram o AI2  e o AI5.
 
"Sou filha de pais Americano e Brasileiro. Minha gestação durou bem mais que 9 meses.
Nasci no dia 1º de Abril de 1964. Fui registrada em 31 de Março, não ficaria bem ter nascido no dia dos bobos, e de boba, não tenho nada.
Num primeiro momento fui abençoada por toda a Igreja. Algum tempo depois, conforme eu crescia, parte dela começou a me combater.
Não fui mulher de um homem só, tive vários amantes. A farda me seduzia, assim eu os deixava pensar. Sempre gostei do poder e ao lado dele andei. Muitos morreram por minha causa.
Quanto mais lutavam contra mim, mais eu me fortalecia, e em meu nome atrocidades foram cometidas: exílios, famílias foram separadas, assassinatos, torturas, sequestros, e até uma grande farsa foi montada: o milagre do crescimento.
Aos 21 anos já estava desgastada e aos poucos foram me abandonado. Para quem pensa que estou acabada rio na cara e digo: Sou atemporal, desde que a humanidade teve o primeiro contato com o poder estou sempre espreitando. Posso aparecer a qualquer momento e em qualquer lugar. Por isso, se cuide."

Esse texto, escrito a várias mãos, é resultado de uma longa pesquisa sobre o Golpe Militar de 64, que hoje completa 48 anos. Era assim que iniciava a peça AIS: Atos Institucionais da Dor, elaborada pelo extinto grupo de teatro Fim da Linha, de Cachoeira do Sul em 2008. Um trabalho que mexeu com a memória de muitas pessoas. Memória que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser esquecida, como lembra o lema da Comissão Acervo contra a Ditadura: Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça.

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