Alguns dias atrás, mesmo com os inúmeros trabalhos, provas e demais afazeres comuns no fim de semestre, reservei um tempo para buscar, sem pretensão alguma, alguns arquivos antigos em meu computador. Nessa onda de procrastinar, encontrei um pequeno texto escrito por mim em 2012. Na época, já havia ingressado no curso de Jornalismo e minha paixão por este mundo só crescia. Hoje, dois anos depois, relendo o texto, percebi que concordo com tudo que a Luísa de 2012 escreveu - o que, diga-se de passagem, é raro, afinal, mudo de ideia há cada instante. O texto falava sobre escrever. Paixão que mantenho desde a infância. Pode parecer óbvio, e é: escolhi o Jornalismo porque amo escrever. Trabalhar na televisão ou no rádio não são minhas prioridades - mas também não descarto tais possibilidades. Eu quero mesmo é escrever. Quero dar sentido ao fatos e colocar no papel o que aconteceu, o que eu vi, o que eu senti.
Agora, para não deixar quem leu este primeiro parágrafo curioso, segue o texto que encontrei:
Escrever é terapia
Sempre
ouvimos que ler é fundamental. Ora, tão essencial quanto a leitura, é
também a escrita. Escrever é fundamental. Escrevendo podemos viajar em
nossas próprias palavras, ir longe e voltar até o final de uma linha,
até o próximo ponto. Podemos criar e mudar de ideia no próximo
parágrafo. Podemos nos descobrir. Podemos expressar sentimentos que de
outra forma jamais conseguiríamos. Escrever é terapia.
A
escrita nos cerca desde que o mundo é mundo. Sabe aquelas pinturas nas
paredes de caverna que sempre vemos nos livros de história? São a
primeira forma de escrita criada pelo homem. Hoje em dia, para qualquer
lado que olharmos vamos nos deparar com algo escrito. O jornal de todo
dia, as contas do mês, o cardápio do restaurante. A verdade é essa: não
somos nada sem a tal escrita.
Dias
atrás saiu a notícia de que algumas escolas americanas querem dar fim a
letra cursiva no seu plano de ensino. Os alunos não precisarão mais de
um lápis e um caderno, irão aprender a escrever diretamente no
computador. A verdade é que cada vez menos alguém escreve à mão.
Qualquer bilhetinho ou mensagem vai via e-mail, torpedo, Facebook, essas
coisas.
Livros, revistas e jornais estão indo pras telas. O lápis vai
virar teclado. Ficamos com o que precisamos de verdade e vamos largando
o que não usamos. É isso. O fato é que não importa muito se usamos uma
máquina ou o bom e velho lápis para escrever, o importante é que
escrevemos. E muito. Mas que nada se compara a felicidade de aprender a
escrever o seu próprio nome à mão quando somos crianças, ah não se
compara mesmo.
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