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Destaques

Lançamento do Unicom Conflitos reúne profissionais para debate com alunos

A nova edição do Jornal Unicom, produzida em cima do tema “Conflitos que transformam”, teve o lançamento oficial na noite dessa segunda-feira, 27, em um evento onde o assunto central da publicação foi debatido. Mediado pelo professor Demétrio de Azeredo Sóster, o debate iniciou após as 19h30, no auditório do Memorial da Unisc, e teve como convidados à mesa o jornalista Rodrigo Lopes, a psicóloga e socióloga Gabriela Maia e o sociólogo e professor Luiz Augusto Campis. No primeiro momento, os três convidados tiveram a oportunidade de falar sobre conflitos que transformam – para o bem ou para o mal – a partir das perspectivas profissionais e pessoais de cada um. Quem deu início a essa fase foi Gabriela, que tratou majoritariamente sobre questões de gênero e a violência acerca disso. Dando sequência, com uma perspectiva mais sociológica, Campis falou sobre a Teoria do Conflito Social, de Karl Marx, relacionando-a com a realidade. Para finalizar, Lopes fez uma breve apresentação so

A Boate Kiss e o cenário das bandas de baile

Minha matéria para o segundo Unicom do semestre 2015/1 é sobre as bandas de baile, as "bandinhas", tão comuns e conhecidas no Sul do Brasil. Uma das minhas inquietações, ao escolher essa pauta, era saber como integrantes de algumas das principais bandas estavam lidando com um momento que é claramente de baixa popularidade do estilo, que já viveu grandes momentos na música regional.

Entre as causas apontadas para as dificuldades enfrentadas pelas bandas, uma me chamou bastante a atenção. Xandi Gonçalves, da Banda Porto, apontou o incêndio da Boate Kiss e suas consequências posteriores como ponto importante para a queda de popularidade das bandas de baile.


"Aquilo fez com que muitas casas fechassem, por não ter condições de ficarem abertas, devido à burocracia imposta", afirmou Xandi.

Uma rápida pesquisa no Google pode confirmar a teoria do músico. Uma matéria do site Uol, publicada em 25 de janeiro de 2014, mostra que no primeiro ano após a tragédia os Bombeiros fecharam, em média, 52 casas noturnas por mês, no Rio Grande do Sul. Destas, segundo a mesma matéria, grande parte continuavam fechadas no início de 2014.

Três dias após o incêndio na boate de Santa Maria, matérias já apontavam a interdição de boates em vários estados. Notícias de janeiro de 2014, um ano após a tragédia, trazem números de casas fechadas em Santa Catarina e no Paraná.

Mesmo que muitas das novas regras de prevenção de incêndios impostas após o ocorrido sejam positivas para a segurança das pessoas, a Boate Kiss, para muitos, é um trauma. Uma pesquisa americana, divulgada em janeiro de 2015 por Zero Hora, mostrou que um número muito expressivo de brasileiros se sente inseguro em boates depois da tragédia de Santa Maria.

Com tantas boates fechadas e até com a diminuição do público dos bailes, claro que as bandas são afetadas. Vários outros motivos têm relação, talvez até maior, com o momento de menor expressão vivido pelas bandas e é claro que há muitas outras coisas a lamentar no caso da Kiss, mas esta é mais uma cicatriz deixada por aquele incêndio e que envolve, certamente, parte da cultura do Sul do país.

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