Pular para o conteúdo principal

Destaques

Lançamento do Unicom Conflitos reúne profissionais para debate com alunos

A nova edição do Jornal Unicom, produzida em cima do tema “Conflitos que transformam”, teve o lançamento oficial na noite dessa segunda-feira, 27, em um evento onde o assunto central da publicação foi debatido. Mediado pelo professor Demétrio de Azeredo Sóster, o debate iniciou após as 19h30, no auditório do Memorial da Unisc, e teve como convidados à mesa o jornalista Rodrigo Lopes, a psicóloga e socióloga Gabriela Maia e o sociólogo e professor Luiz Augusto Campis. No primeiro momento, os três convidados tiveram a oportunidade de falar sobre conflitos que transformam – para o bem ou para o mal – a partir das perspectivas profissionais e pessoais de cada um. Quem deu início a essa fase foi Gabriela, que tratou majoritariamente sobre questões de gênero e a violência acerca disso. Dando sequência, com uma perspectiva mais sociológica, Campis falou sobre a Teoria do Conflito Social, de Karl Marx, relacionando-a com a realidade. Para finalizar, Lopes fez uma breve apresentação so

A Rádio Rock de Porto Alegre agora - apenas - na web

"A Ipanema não poderia ser medida por institutos de pesquisa, superficiais em suas análises. Estes não aferem sentimento; apenas audiência. E a Ipanema não é escutada. Ela é digerida, consumida, absorvida. A Ipanema não é uma rádio. É um estilo de vida. Ela nunca teve ouvintes. Ela sempre teve pais, irmãos, filhos, sócios."

Com esta linda e emocionante análise do diretor geral da Band RS, Leonardo Meneghetti, começa a nota oficial mais triste que eu já tive a oportunidade de ler. E uma nota que subestima totalmente a inteligência da qualificada audiência de uma das mais importantes rádios FM do Brasil. No último mês de maio, os 32 anos de rádio livre da Ipanema FM chegaram ao fim, deixando milhões de fiéis ouvintes viúvos dos ondas sonoras de cultura desta emissora.



Trata-se, na verdade, de uma tentativa de mascarar uma mudança com fins unicamente comerciais. A estação 94.9 deixou de emitir música, informação, cultura e liberdade, para se tornar uma praça FM para a Band AM, muito mais "careta" do que a Ipanema foi.

Porém, o que mais irritou os ipanêmicos, provocando milhares de comentários negativos nas redes sociais, foram afirmações dizendo que a Ipanema, saindo da rádio clássica e indo pra web, não morre. Permanecendo viva, crescendo, amadurecendo, adaptando-se e modernizando-se. "A Ipanema virou a página. Já não depende mais do dial, de uma estação de rádio. Está no on line, onipresente, digital e, como sempre, um passo a frente das concorrentes", diz a nota. O que é mentira. O fato é que eles tiraram a rádio do seu meio tradicional e demitiram toda a equipe. Concordo que o futuro do meio rádio seja a internet e até acredito que a Ipanema poderia existir apenas lá. Porém, sem seus comunicadores e restringindo hoje as ondas da web a emitirem apenas música e vinheta, deixa essa nova rádio sem nenhum resquício daquela Ipanema que levantava discussões importantes, interagia com os ouvintes e constantemente contestava a sociedade atual.

E, o pior, em outro trecho da nota o sr. diretor geral tem a coragem de falar: "Vamos ser francos: quem sintonizava nos 94.9 para ouvir a Ipanema?" Muita gente, sr. Meneghetti. Eu, por exemplo, dava um jeito de sintonizar essa emissora de Porto Alegre aqui em Santa Cruz do Sul! A rádio, como conta o comunicador Cagê Lisboa, estava melhorando os níveis em pesquisas, estava se mantendo comercialmente e conseguia, como sempre conseguiu, ser uma rádio livre! Infelizmente, uma decisão vinda de São Paulo, deu fim a esta linda história.

Na matéria sobre a Ipanema, que aborda sua importância cultural e a sua morte, no próximo Unicom, temos entrevistas com radialistas que fizeram parte, comentando sua trajetória e este triste final. Mas a indignação é a mesma. Mataram a Ipanema e tentar esconder isso embaixo do tapete. Infelizmente, só nos resta lamentar.

Segue a nota completa:

 

Comentários

Postagens mais visitadas